Antigamente a maior referência que tínhamos da China era quando um ou outro personagem estereotipado aparecia na tela da televisão, entregando sua nacionalidade ao público. Geralmente esse personagem servia de alívio cômico, e não muito mais que isso. Hoje em dia as coisas são bem diferentes, já que a China influencia a experiência ocidental e é tida a como uma das maiores economias do mundo – e a que mais cresce.
Agora dê um Google e faça uma pesquisa rápida para ver qual o maior parceiro comercial do Brasil. Você vai ver que a China lidera esse ranking, seguido pelos Estados Unidos, depois a Argentina e a Alemanha. A economia chinesa aos poucos mostra seus tentáculos: apesar da empresa chinesa de softwares Huawei ter uma presença ainda tímida no Brasil, ela já desponta no globo como um forte concorrente capaz de competir com gigantes como a Apple. O antigo Made in China é o novo Created In China.
Como já dissemos aqui, a China tem grandes planos de ser a maior economia do mundo até 2030. A influência cresce mais e mais. Apesar de bem diferentes, China e Brasil compartilham de muitos fatos em comum, e a China por si só tem influenciado cada vez mais a experiência ocidental no mercado tecnológico. Continue lendo e veja como essas influências têm aparecido:
Caso você não reconheça o nome, o WeChat é um aplicativo similar ao Whatsapp para compartilhamento de mensagens instantâneas. Mas ele vai além. No app é possível encontrar de tudo e até mesmo pagar a conta do restaurante antes de ir até ele. O WeChat foi desenvolvido na China no ano de 2011 e desde então é um dos maiores representantes na sua categoria.
Sabendo disso, o WhatsApp tem replicado algumas de suas maiores funcionalidades e pretende passar a oferecer pagamentos dentro da plataforma. A primeira onda de testes foi realizada na Índia. Graças a isso, em breve o Whatsapp promete ser uma fintech de referência no mercado.
Recentemente a chinesa Tencent se tornou a grande investidora do Nubank. A empresa é responsável pelo maior portal de serviços de internet da China. E no ano de 2018 ela realizou o investimento de U$ 180 milhões na startup brasileira. Isso porque o Nubank acabou por se tornar o maior banco digital do mundo, já que foi avaliado em surpreendentes U$ 4 bilhões. Este investimento é uma grande oportunidade que a Nubank tem de trazer novidades da Ásia para terras brasileiras, além de estreitar ainda mais os laços entre China e Brasil.
Quando se fala em investimentos, China e Brasil compartilham diversas experiências. Uma delas é a injeção de um capital de R$ 320 milhões na brasileira 99 feita pela chinesa Didi. A Didi é uma plataforma de transporte que opera por meio de aplicativos ao redor do mundo. Este investimento é um evento que promete mudar a dinâmica do setor. Com ele, a 99 pretende expandir seus serviços no Brasil, no serviço 99 Pop, de carros particulares.
Recentemente o banco Itaú anunciou o lançamento de uma nova plataforma digital de pagamentos. A tecnologia foi batizada de Iti, e entre outras coisas dispensa a necessidade de possuir uma conta bancária. Além disso, ela também usa a funcionalidade QR Code, muito utilizada na China. O Iti é uma inspiração clara é a forma de pagamentos que o WeChat utiliza no mercado chinês. O Itaú já estuda no futuro ampliar sua gama de serviços ofertados pelo Iti.
A China é um país com uma série de extremos em sua cultura. De potência comunista a grande promessa de abertura de capital, a nação teve uma mudança estelar. Muito dessa mudança tem sido à custa de seu povo, que recebe muitos incentivos do governo, mas passa por jornadas de trabalho que beiram a exploração. Nem tudo são flores em sua cultura, e muito há para se avaliar e ponderar. Esta é uma novela que possui uma série de episódios ainda por serem revelados. Então, não perca os próximos capítulos!
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